O assunto de hoje será sobre a banalização da faixa
preta, algo totalmente sem crédito e que vem se tornando comum no jiu-jitsu e
em outras modalidades.
Penso que não só na faixa preta, mas em todas as faixas,
você tem que estar preparado para merecê-la, pois não adianta somente ganhar
campeonatos e amarrar uma nova faixa na cintura. O praticante ou atleta tem que
ter maturidade suficiente para suportar tal responsabilidade, até mesmo porque faixa
tem que ser dada por mérito e se faz necessário respeitar o tempo mínimo de sua
troca.
Mas infelizmente nada disso citado acima acontece, fazendo
com que nossa arte vire bagunça. O certo seria uma confederação ou uma
federação fiscalizar, porém a cada dia que passa surge novas entidades, e
nenhuma delas se preocupam com esse fato que atrapalha a modalidade.
As pessoas estão dando faixa sem saber o real
significado da graduação. Um exemplo disso é o que veio recentemente ao meu
conhecimento, sobre um professor de jiu-jitsu que graduou a esposa da faixa
azul para faixa preta só para ir dar aula na Arábia. Mas não para por ai, quantos
mais falamos nesse assunto, mais aparecem essas picaretagens.
Outro exemplo é o que eu vi esses dias, de um rapaz com 5
graus na faixa azul, e por incrível que pareça, o sujeito não tem vergonha de mostrar
uma coisa dessas, e o mais triste é saber que tem professores que assina para
essas pessoas. Outra coisa que me intriga é o fato de se dar faixa
preta a uma pessoa que só treina sem kimono, pode ser aluno até do papa, mas
não tem meu respeito.
Para ser faixa preta você tem que ser exemplo dentro e
fora do tatame. Antigamente as pessoas demoravam 10, 12 anos para pegar a faixa
preta, e hoje tem muita gente querendo pegar em três, quatro anos. As pessoas
sabem o poder da faixa preta e tem pressa para fazer dinheiro, mas acaba
passando vergonha no futuro.
Essa é a Coluna GD, com a opinião do nosso colaborador
Gabriel Diniz. Para mais notícias e textos como esse, acesse: EspaçodalutaGD
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